quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Toca, Guga!

      É isso aí! A partir de hoje vou começar a colocar algumas composições minhas pra galera ouvir. Vou começar pela mais recente que eu fiz. Ela se chama “Por Baixo de Tudo” e mostra que nem tudo o que se vê é o que realmente é. É mais um desabafo em relação a tantas mentiras e tanta controvérsia que se vê no mundo. Já não se sabe o que é verdade.
          
      Enfim, espero que curtam, apesar da gravação amadora.

            Para ouvi-la é só acessar o link abaixo e dar play!

www.baixa.la/arquivo/2045802

            Até mais!


sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

E assim surgem as lendas...

Todos conhecem a velha história da Arca de Noé, mas há uma história por trás da história que jamais foi revelado. Pelo menos até agora.
É sabido que na época, Noé poderia embarcar em sua arca apenas um casal de cada espécie de animais. Mas eu me pergunto: E o resto dos animais? Simplesmente morreram? Segundo fontes, o dilúvio devastou tudo. Matou geral. Porém há uma parte da história que revelará o contrário. Eis o outro lado da moeda:

“Era um dia ensolarado, Noé e sua família faziam os preparativos pro grande dia. Enquanto o patriarca passava a ultima demão de tinta na proa junto com seu filho Jafé, a sua esposa varria o convés a espera dos animais que eram enfileirados por Cam e Sem.
Nas redondezas o burburinho era grande. Já que apenas um casal de cada espécie teria o privilégio de salvar-se, a inveja tomava conta na floresta. A girafa se lamentava, o elefante estava indignado com o processo de escolha, a hiena só ria, um leão que se achava o rei estava mais confuso que os peixes, que não entendiam o porquê daquele alvoroço todo. “Por que esse medo todo de água?”, indagava uma truta.
Enquanto isso, um tigre, junto de sua mulher e seus dois filhotes, implorava a Nóe que lhe desse uma passagem para a arca. Dizia que estavam levando os tigres errados e que provaria que Noé estava enganado. O dono da arca simplesmente fez um sinal com a cabeça dizendo que não, guardou as tintas e o pincel, e adentrou na arca. O Tigre saiu frustrado com a aparente derrota, mas não desistiria de seus sonhos assim tão fácil. Não se renderia por causa de uma chuva.
É chegado então o grande dia. Noé conferia a lista de chamada e colocava os animais para dentro da arca, enquanto sua esposa e seus filhos acomodavam cada casal em seu devido lugar. “Nada dos leões perto das zebras!”, “Não! Separa o casal de elefantes. Um de cada lado, senão a arca capota na primeira curva!”, orientava o patriarca.
As primeiras gotas já haviam começado a cair. Segundo a meteorologia divina, a chuva não daria trégua por 40 dias e 40 noites. Todos a bordo, a arca é então fechada. Os animais do lado de fora ainda procuravam explicação para aquilo tudo. Muitos buscavam abrigo nos lugares mais altos que pudessem chegar, enquanto outros se preparavam para o fim da vida. A macacada, sempre ligeira, já ocupava os topos das maiores árvores. O Tigre, o ignorado por Noé, treinava natação junto com a família, sabia que poderia aguentar se fosse valente e faria de tudo pra salvar a si e suas crias.
A cada dia as águas se enchiam mais. Os topos dos montes já estavam quase desaparecendo, as árvores já estavam todas cobertas por água, quase toda forma de vida animal terrestre estava extinta fora da arca. O Tigre, bem preparado, nadava e nadava, e dava forças para sua família e juntos iam seguindo naquele oceano sem fim. A chuva não parava e o corajoso Tigre enfrentava furacões e tubarões, e ganhava mais força a cada dificuldade superada. Depois de 40 dias e 40 noites a chuva cessou. A família felina aguentara tudo aquilo se alimentando de peixes que davam bobeira por perto e descansando em troncos que boiavam na superfície. Já estavam exaustos, mas depois da tempestade vem a bonança, e eles tiveram forças para aguentar os mais 110 dias até as águas baixarem. Sim, eles sobreviveram.
Foram tantos dias em alto mar, que os tigres haviam atravessado continentes. Quando enfim se encontraram em terra firme, perceberam um clima diferente. Pareciam estar mais ao sul do mundo. Belas praias enfeitavam o ambiente e se mostrava um lugar perfeito para reinar. A partir daquele momento, nada mais poderia assustar o poderoso Tigre, e era incrível como ele parecia ganhar mais forças em dias de chuva. 
Ali o Tigre procriou e povoou a região com seguidores fieis que sentiam orgulho de poder fazer parte daquela legião. E conquistou mais do que se poderia imaginar. E foi mais longe que qualquer outro tigre na história desse planeta. 
No fim, Noé estava enganado. 
Sorte a nossa, pois aqui ele reinou e reina até hoje.”

Criciúma, o maior de Santa Catarina.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Music for Everyone! (Parte 2)

Nos meus momentos de ócio criativo fiz mais uma releitura de uma música que eu curto muito. É a música “A horse with no name” da banda britânica América.
A música descreve uma viagem pelo deserto em direção ao oceano. E nessa viagem, longe de tudo e todos, o narrador consegue perceber as coisas de outra maneira. Ele passa a valorizar toda a forma de vida, coisa que nós, com a agitação do cotidiano, dificilmente temos tempo para fazer. Mas quando temos, geralmente, nos encantamos.
Certamente o mundo seria melhor se cada um parasse por cinco minutos a cada dia e percebesse o mundo a sua volta e refletisse sobre si mesmo. Cinco minutos num deserto, só você e você. Certamente você perceberia que o oceano não é tão distante, que os problemas não são tão complexos, que a vida não é tão difícil. Cinco minutos. Nem que seja para ouvir essa música.



quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Rock in Rio!!

Sábado, 24/09/2011 foi o dia. Com os planos sendo feitos desde o ano passado, eu e minha irmã Munike realizamos o desejo de assistir ao Rock in Rio. E foi demais. Estrutura impecável, diversas opções de entretenimento e um clima de alegria que contagiava qualquer um. Valeu muito a pena.
            Quando entramos na Cidade do Rock, às 14h, depois de 2 horas esperando os portões se abrirem, foi que a ficha caiu. Todas as fotos vistas anteriormente não se comparavam com aquela visão ao vivo. Fascinante o local.
            Fascinante também foi o show de Nação Zumbi com Tulipa Ruiz no palco Sunset. Por parte da Nação eu já esperava um grande espetáculo e em relação à Tulipa Ruiz foi uma grande surpresa. Mulher com uma voz afiada e que casou muito bem com o som da Nação. Combinação certeira. E além do mais, vista privilegiada em frente ao palco e camisa do Tigre pro alto. Grande show.
            Enquanto no chão os pés não paravam de pular, no céu as nuvens pretas se movimentavam. A chuva resolveu participar também. Nada que estragasse o dia. Algumas pancadas rápidas serviram pra refrescar a galera que prontamente sacou suas capas de chuva. Cena curiosa.
            Quanto mais a hora passava, mais gente adentrava ao recinto. Na hora dos shows principais, no Palco Mundo, ficamos num lugar razoavelmente bom, a uma média distância do palco. E que absurdo era aquele palco. Perdi totalmente a noção de espaço e tamanho. Só me toquei o quão grande era aquilo quando as bandas entraram parecendo uns bonequinhos tocando.
            Em relação aos shows, destaque pra Stone Sour e Red Hot Chili Peppers. Mas o que eu mais gostei foi o do Capital Inicial. A interação do Dinho com o público foi demais. Ele soube conduzir o show de maneira fantástica, fazendo a galera participar constantemente. Além de tocar só clássicos.  
          3h da manhã encerrava o show do RHCP e acabava a magia. Mas já há a promessa do Rock in Rio começar a acontecer de dois em dois anos. Pretendo futuramente estar presente novamente. E recomendo a todos, pelo menos uma vez na vida, participar de um evento como esse.
Até mais!

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Pra refletir

"Não é justo querer ver o mundo do próximo com nossos olhos."

sábado, 20 de agosto de 2011

Se o rádio não toca... (Parte 3)

Existem músicas em que criamos tanta identificação que por um instante chegamos a se perguntar “Porque não tive essa ideia antes?”, ou até para os mais ambiciosos é aquela sensação de querer ter sido o compositor daquela letra. Comigo é assim, há músicas que retratam de forma bem clara algo que sinto ou penso. Muitas vezes servem até de apoio para aprimorar e desenvolver de forma mais objetiva certas ideias.
            Ouvindo uma música da banda Móveis Coloniais de Acaju, chamada “Cego”, começava a ter algumas ideias pulsantes na minha cabeça. E volta e meia essa música voltava a ecoar nos meus pensamentos. Eu parava e lia a letra. E mais ideias surgiam. E de repente eu percebi que a letra pode ser vista de diversas formas. Ela é tão subjetiva que, talvez, seja exatamente essa mensagem que ela queira passar: Como a gente enxerga o mundo? Como percebemos as coisas ao nosso redor? O que eu enxergo é o mesmo que você?        
            Existem tantas formas de entender o mundo, porque seria diferente com essa música?
            A música traz questionamentos de um cego sobre o que realmente é o certo, se é que existe o certo. Será que o que eu enxergo é mesmo o que é? Quantas vezes você fecha os olhos para coisas erradas? Será que você percebe mesmo o que está acontecendo?!

Eis a letra:

Quando vi, parado ali,
um cego a se questionar porque
não via só a luz do sol
como a cor do céu.

Direcionou o olhar a mim
quando evitava o encontro ao seu.
E com tristeza no falar
também me perguntou:
"Será mesmo, realmente
amarelo o sol, e azul o céu.
Por que não ser lilás, vermelho
Ou quem sabe seja apenas som?"

Agoniado ao pensar
no que o cego estava a falar
Olhos azuis a escurecer
Meu Deus, o que vai ser?

Sentei, chorei e compreendi
que não havia só um cego ali
E perturbado ao dizer,
escute aí você:
"Quem é que não enxerga aqui?
Será eu ou você que não percebe?"

            Vivemos tão focado no nosso mundinho, em nossas verdades, que nos esquecemos de parar e fazer questões simples como essas. Abrir a mente para coisas novas, para novas ideias. Surpreender-se mais com o mundo. Deixar de lado o orgulho e a prepotência. Só assim estaremos mais dispostos a perceber e corrigir nossos erros. Além disso, ao compreender que cada um tem uma visão do mundo diferente da sua, você passará a tratar a sua opinião não mais como uma verdade absoluta, mas sim uma verdade subjetiva. Como diria Raul – pra não perder o costume – “Que o mel é doce, é coisa que me nego a afirmar. Mas que parece doce, eu afirmo plenamente”.
            Enfim, acredito que acima de tudo é necessário tentar ao máximo quebrar qualquer paradigma e verdade, e ser mais questionador. Não adianta fechar os olhos pra certos problemas que envolvem a sociedade. Nós somos a sociedade! É problema de todos. Cabe a nós solucioná-los. Mas, vivemos percebendo coisas tão irrelevantes a nossa volta, que acabamos perdendo o dom de questionar. E as perguntas acabam sendo as erradas. E o foco acaba sendo outro. E o problema maior acaba não sendo resolvido. E cá estamos sendo indagados, “Quem é que não enxerga aqui? Será eu ou você que não percebe?".

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Camisa FC (Parte 3)


A camisa da vez é do time inglês Cambridge United. Por mais incrível que possa parecer o símbolo do clube é esse mesmo da foto ao lado. É fácil perceber que no Brasil esse time seria motivo de piada, trocadilhos e tudo o mais. “Esse time é um c*”, “Desse time só deve sair m*”, e tantos outros que a criatividade popular não perdoaria. Na Inglaterra esse time não sofre com esse problema em específico, talvez o problema maior esteja dentro das quatro linhas.
A cidade de Cambridge, conhecida como uma cidade universitária, devido as grandes instituições de ensino, parece não ser destinada a ensinar o futebol. Esse modesto clube foi fundado em 1912 como Abbey United, só se profissionalizou em 1949 e em 1951 veio a se chamar Cambridge United.
É de se notar que essa camisa carrega as mesmas cores do meu querido Criciúma, mas existem outras coincidências entre esses dois times. Ambos viveram sua época áurea nos finais dos anos 80 e início dos anos 90, lógico que em proporções diferentes. O United conseguiu resultados extraordinários chegando até as quartas-de-final da FA Cup, um dos principais torneios da Inglaterra, por duas vezes seguidas, nas temporadas de 1989-90 e 1990-91. E no mesmo ano em que o Tigre se sagrava campeão nacional pela primeira vez, o United fazia o mesmo pelos campos ingleses. Enquanto o Criciúma levantava a taça da Copa do Brasil, o Cambridge comemorava o título da 3ª Divisão Inglesa.
Esse foi o auge do The U’s, que a partir de então não conseguiu mais ter o mesmo sucesso. Passou por problemas financeiros e atualmente se prepara para a disputa da Blue Square BET Premier, ou pra quem preferir, a 5ª Divisão da Inglaterra.


Essa postagem é dedicada a minha irmã Munike, minha maior fornecedora de camisas. Enquanto fazia intercâmbio na cidade de Cambridge, conseguiu comprar essa bela e rara camisa. Valeu Nike!

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Causos Tricolores (Parte 3)


Vamos voltar pouco mais de três anos. O dia era 02/08/2008. Excursão rumo a São Paulo. Toda a família no ônibus, desde o priminho até a vó, além, é claro, dos guerreiros que estão sempre juntos acompanhando o Tigre. O adversário: o Corinthians (É Curíntia, Mano!).
O fato mais curioso foi na hora de ir ao estádio. O jogo válido pela Série B, iria acontecer no Pacaembu, com início às 16h. Saímos por volta das 14:30h em direção ao campo, porém tivemos um contratempo nesse trajeto. Chegou num ponto em que o ônibus não conseguia passar por debaixo de um viaduto, o que impossibilitaria do mesmo chegar até o estádio. O único jeito era ir caminhando. 
Era um dia agradável. Tinha sol e pouco vento. Nós, com a camisa do Tigre, tivemos de ir com casacos por cima para evitar confusão. Lá fomos nós. Segundo o que um policial nos informou, o trajeto daria cerca de dois quilômetros. Mas que quilômetro mais grande esse de São Paulo! Não chegava nunca. E aí já eram por volta de 15:15h, 15:30h. E quanto mais a gente andava, mais torcedor do Corinthians aparecia. E de repente a gente se viu andando no meio deles. Todos com a camisa do Corinthians e nós encasacados, escondendo o manto sagrado tricolor, como se aqueles casacos fossem nossos coletes a prova de bala, com eles estaríamos a salvo. O momento de mais apreensão foi quando um corintiano abordou a minha tia e pediu pra ela tirar a camisa do meu primo, que tinha por volta de seis anos na época, só pelo fato de ela ser verde, uma cor não muito querida por aquelas bandas. Fico imaginando o que seria de nós sem aqueles casacos. Sempre tem um sem noção. 
Mas enfim, chegamos ao estádio, tudo tranquilo. Compramos os ingressos, adentramos no recinto e nos libertamos dos “coletes”. Ali era nossa área, ali poderíamos gritar a vontade, demonstrar todo nosso amor pelo Tigre. Foi um jogo empolgante, apesar do 0x0 no placar final. O Criciúma fez uma boa partida, muito atípico do que apresentou no resto do campeonato e conseguiu sair de lá com um pontinho. Já nós, saímos com a experiência de caminhar por entre espinhos, nadar ao lado de tubarões, atravessar um rio cheio de jacarés. Não é nada disso. Foi só uma caminhada no meio da torcida do Corinthians. Tranquilinho, tranquilinho.
Segue abaixo algumas fotos.

                    
A diretoria a caminho de São Paulo

 Passinhos, Thicos e eu

 Entrada dos times no Pacaembu

Dalhe Tigre!!

Parceirão de estrada!

Aguardem que tem muito mais ainda!

sábado, 9 de julho de 2011

ôÔôÔ a Laranja voltou!

Hoje foi o dia da consagração do time da Laranja Mecânica!
Não há palavras para descrever a felicidade que essa conquista me trouxe!
A Laranja foi fundada em 2006 por um grupo de amigos, e depois de uns 3 anos de jogos amistosos, a Laranja deu uma estagnada no número de partidas. Com a maioria dos integrantes do time morando fora de Criciúma, acabava sendo um sacrifício juntar todos os jogadores para disputar uma simples partida. Mas hoje foi diferente. Hoje era o dia!
O time esteve presente em massa, com todos os seus atletas do time inicial: Rosso, Alessandro, Anderson, eu, Marcos, João Guilherme, Leandro, Gustavo, Guilherme, além dos reforços de Rodrigo e Tiago Westrup, e do comando de Thiago Morceguinho.
Mesmo com o tempo sem jogar juntos, a forma física já não tão boa como antigamente, o time conseguiu na raça, na união conquistar o vice-campeonato.

Parabéns para todos nós! Parabéns Laranja!



É mais que um time, é uma família!


quarta-feira, 6 de julho de 2011

O Poeta Sem Palavras

Deixo aqui um vídeo que me tocou muito ao assisti-lo. Trata-se de um poeta americano, portador do Mal de Alzheimer, que perdeu a capacidade de ler e escrever, mas que ainda demonstra momentos de lucidez.

<a href='http://video.br.msn.com/watch/video/sem-palavras/anu2v3lf?src=v5:embed::' target='_new' title='Sem Palavras'>Vídeo: Sem Palavras</a>

É de fato muito triste. Mas ao mesmo tempo traz uma mensagem muito importante para todos nós, e deixo nas palavras da filha do poeta que encerra o vídeo dizendo “O que você tem hoje, pode se perder amanhã. Você tem que deixar de se preocupar com o amanhã, senão não vai curtir a música de que se lembra hoje...”. É claro que o contexto dessa frase é outro, que ela se refere à própria doença. Mas porque não implantarmos nas nossas vidas “normais” também.
Ter a consciência da importância de se aproveitar cada vez mais intensamente os momentos que a vida nos proporciona. Deixar de lado nesses momentos todas aquelas preocupações futuras.
Se ocupe com o que está fazendo hoje, não com o que vai acontecer lá na frente.
A vida é agora!

sábado, 2 de julho de 2011

Camisa FC (Parte 2)

Passada a ressaca da Libertadores, mostrar-vos-ei mais uma camisa de minha coleção. Trata-se do conhecidíssimo time espanhol Real Ávila. Conhecidíssimo entre os habitantes da pacata cidade de Ávila, ou nem tanto assim.
Consegui adquirir essa camisa em uma viagem que eu fiz com minha família no começo do ano, na qual tive a oportunidade de conhecer essa fantástica cidade.
Para situá-los, essa cidade espanhola com pouco mais de 50 mil habitantes, traz consigo um conteúdo histórico muito grande. Sua muralha cercando a parte antiga da cidade, juntamente com as igrejas conservadas tal como foram construídas, fazem de Ávila um Patrimônio Histórico da Humanidade. É fácil se surpreender ao andar pelos 2516m de muralha, classificada por muitos como a maior e mais conservada da Europa.

            A cidade mais alta de Espanha, por ser localizada num ponto estratégico muito bom, passou por diversos conflitos e batalhas, e reinaram por lá Visigodos, Romanos, Árabes e outros povos. Com tantos conflitos, a cidade passou por uma fase decadente, e só veio a se reerguer com a construção da muralha no século XI, trazendo pessoas de diversos cantos, sendo eles católicos, mouros e judeus, com o objetivo de erguer a muralha e a economia da cidade.
           

Além de ser caracterizada por essa miscigenação cultural, Ávila é também famosa devido ao misticismo que envolve a cidade, sendo palco de diversas discussões e convenções tratando desse assunto. Santa Teresa de Ávila, a religiosa que fundou a Ordem das Carmelitas Descalças e que é considerada a Doutora da Igreja e padroeira dos professores é responsável por algumas dessas obras místicas. Suas ideias podem ser vistas até hoje através de suas obras e pensamentos. Nascida em 1515 em Ávila, Teresa traz consigo uma história muito interessante e que vale a pena ser pesquisada.
            Mas, voltando à camisa, que é o que interessa – são tantas coisas interessantes envolvendo essa cidade que eu acabo me prolongando demais hehe – existe também uma história divertida na busca pela mesma.
            Bom, chegando à cidade num domingo à noite, demos uma volta rápida pelas redondezas do hotel e fomos dormir. No dia seguinte, vimos um cartaz se referindo a uma partida de futebol, convocando a torcida para comparecer. O problema era que essa partida havia sido no dia anterior. Jogo perdido, mas um objetivo nos veio à tona. A partir daquele momento era necessário encontrar a camisa desse bendito time chamado Real Ávila.
            Voltando ao hotel, fomos dar uma pesquisada para ver qual a situação desse time. Descobrimos que o Real Ávila Club de Fútbol foi fundado em 1923 e que atualmente joga a terceira divisão do futebol espanhol. E um dado curioso que até então eu desconhecia é que os times que tem o Real no nome são assim denominados após o Rei dar a Ordem Real ao time. Então o Ávila FC acabou virando Real Ávila CF depois que o Rei Alfonso XIII concedeu tal honraria, no ano de 1925.

       Sabendo um pouco mais do time, fomos atrás da camisa. Passamos por algumas lojas esportivas e pedíamos, num portunhol forçado, por camisas de times de futebol. As atendentes das lojas nos indagavam “Real Madri? Barça? Espanha?”, e eu e meu pai com cara de quem foi comprar eletrodoméstico numa fruteira dizíamos “Real Ávila?!”. As atendentes se olhavam e não entendiam, e a única resposta que ouvíamos era “Perdón, no hay”. A surpresa dos atendentes era tanta que começamos a desconfiar de que éramos os primeiros a procurar por tal camisa.


Até que chegamos numa loja próxima do Estádio Municipal Adolfo Suarez, na qual o atendente nos informou que o time costuma treinar no período noturno e quem sabe poderíamos adquirir alguma camisa com eles, porque em lojas era bem difícil. Passamos no estádio e recebemos a informação que a loja do clube só abria em dia de jogos, o que impossibilitaria a nós conseguir a camisa, pois estaríamos de partida antes de acontecer o próximo jogo. A única solução que nos restou era aparecer no treino e pedir uma camisa. Carregando uma do Tigre nas mãos lá fomos nós em busca de quem sabe uma troca. Chegando lá, avistamos um homem que parecia fazer parte da comissão técnica. Falamos sobre a nossa situação, sobre a identificação com o time devido o sobrenome, enfim, não precisou muito pra ele entrar no vestiário e nos trazer duas camisas do Real Ávila. Nós perguntamos ainda quanto ia nos custar e ele simplesmente disse que não havia necessidade de qualquer pagamento. Desconfio que aquelas camisas sejam mais antigas e já inutilizadas pelos jogadores, mas naquela situação em que nos encontrávamos não tinha do que reclamar. Pelo contrário, depois daquele presente que o Real Ávila nos deu, fizemos questão de presentear o Clube com uma camisa do Tigre, fechando assim a nossa busca incansável pela camisa.


 Nessa temporada, o Real Ávila acabou ficando em 7º na 2ªB, mas continuaremos mandando forças pra que esse simpático time cresça.
            Avante Real Ávila!

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Camisa FC

Hoje eu abri meu guarda-roupa e vi quanta camisa de time de futebol eu tenho. São diversas, de times de diferentes países, seleções, umas conhecidas, outras tantas pouco populares. Mas o mais importante é que cada uma carrega uma história. Está lançado aqui o “Camisa FC”, onde irei expor aqui as camisas que eu tenho e contando algum fato curioso envolvendo a mesma.
Pra começar, vou falar da camisa do Peñarol em homenagem ao renascimento no cenário continental desse grande time uruguaio. Chegando novamente a uma final de Libertadores, o que demonstra, quem sabe, a volta dos tempos áureos do futebol celeste.
Bom, essa camisa eu ganhei já fazem uns 5 anos. Foi comprada pelo meu pai em uma viagem para o Uruguai. E o motivo mais marcante de nós termos adquirido essa camisa é, sem dúvida, as cores que lembram o nosso glorioso Criciúma EC.
Mas já que estamos entrando numa área bem mística que é o futebol, devo dizer que essa camisa traz consigo certa maldição para com os times brasileiros. E como bom apreciador de futebol que sou carrego comigo certas superstições. Dizem que, em um campo de futebol, até um ateu acredita em alguma força maior. Esse é o futebol. Mas para provar essa maldição nada mais justo do que relatar os fatos ocorridos.
A primeira amostra de azar para os brasileiros foi no ano passado, Copa do Mundo, Brasil x Holanda. Estão lembrados? Não adianta culpar o Júlio Cesar pela falha no gol, ou o Felipe Melo pela delicadeza com o Robben, e tampouco o glorioso Dunga. A culpa é toda da camisa. Exato! Estava lá eu assistindo a tal partida com os amigos, vestindo a dita cuja e eis que acontece o que aconteceu.

“Ah Guga, isso é coincidência!”, “O time da Holanda era forte!”.

Não é bobagem o que estou dizendo. Darei mais provas do poder dessa camisa.
Pasmem agora. O dia era 04/05/2011, uma quarta-feira, e eu inventei de usá-la. Nesse dia, e só nesse dia, quatro times brasileiros foram eliminados na Taça Libertadores da América. Mais uma coincidência?! Não, não. Grêmio, Internacional, Fluminense e até o favoritíssimo Cruzeiro deixaram a competição. Culpa de quem?! Da camisa!
            Talvez alguém venha e diga para mim que essa camisa dá azar sempre. O que não é verdade. É uma camisa que tem uma opinião própria, sabe a quem favorecer. Acho melhor até eu me referir a ela como a Sra. Camisa. Muito formal, né?! A Camisa então. Não adianta eu torcer pra um time, se naquele dia a Camisa decidir pelo o outro. Na verdade podemos dizer que ela é uma camisa altamente nacionalista, patriota. É só a gente ver que ela estava presente quando o Uruguai venceu Gana nos pênaltis na última Copa do Mundo, e você que viu esse jogo sabe que não foi um jogo qualquer. Existia algo maior rondando aquele gramado, existia algo diferente naquele dia. A Camisa?! Provavelmente. Além, é claro, das partidas do próprio Peñarol nessa Libertadores. Classificações devido à raça, à garra uruguaia?! Não! É a Camisa! Em jogos do Peñarol, cá estava eu vestindo-a.
Eis que agora se cruzam o Santos, um time brasileiro, contra o próprio Peñarol.
Por isso, desde já, eu vos digo, que o futuro do Santos e do time uruguaio depende de apenas uma pessoa. Neymar? Não! Muricy? Nunca! Martinuccio?! Tampouco. O destino de ambas as equipes está na opção minha de utilizar ou não a Camisa nos próximos dias 15 e 22 de Junho.
            Torço muito para que o Peñarol erga a taça no dia 22, mas ao mesmo tempo a minha vontade de assistir um jogo entre esse timaço do Santos contra a seleção do Barcelona no Mundial em Dezembro é muito grande.
            Que dilema! Usar ou não usar?! Deixá-la guardada nesses dias, bem escondidinha ou deixá-la influenciar na sorte dessas duas equipes. Ajudem-me!


20 anos de uma estrela

02 de Junho de 1991. Nessa data, há 20 anos, o Tigre se sagrava campeão da Copa do Brasil. Até hoje o maior título já conquistado por uma equipe catarinense e que da deu ao Criciúma a oportunidade de participar da Taça Libertadores no ano seguinte. Pra relembrar esse momento histórico colocarei 5 vídeos que valem a pena ser assistidos. Mostra uma realidade diferente da atual, as torcidas, as entrevistas dos jogadores. São coisas que chamam a atenção pra quem se acostumou com o futebol de hoje e seus jogadores pragmáticos, repetitivos no discurso, com o politicamente correto regrando o mundo. Enfim, valeu meu Tigrão! Passaram-se duas décadas e tu continuas sendo o único catarinense a levantar esse troféu, o que valoriza ainda mais esse nosso título!

Os quatro primeiros vídeos são de um especial feito pela RBS chamado "Um Tigre na Libertadores" e o último vídeo é de uma reportagem transmitida no Esporte Espetacular, apresentando a cidade de Criciúma ao Brasil.









terça-feira, 17 de maio de 2011

Music for Everyone!

Dia desses, eu ouvi falar de um projeto de lei que foi aprovada no Rio Grande do Sul na qual fala que todo termo estrangeiro que tenha uma tradução para o português deve ser devidamente traduzido. Ou seja, a lei proíbe o uso de estrangeirismos na nossa língua. Quando eu li isso, automaticamente me veio à cabeça várias músicas estrangeiras que muitos músicos têm a capacidade de traduzi-las e incorporarem em nossa cultura e fazerem sucesso com elas.
Quando eu era criança eu simplesmente não gostava de música estrangeira porque eu não entendia o que elas diziam. Não fazia sentido, para mim, ouvir. Aquelas palavras não representavam nada. Ficava ouvindo meu Raulzito bem de boa. Aí a gente cresce e descobre que as músicas estrangeiras também têm muita coisa a dizer, muita história e conteúdo a serem divulgados. Mas e quem não tem acesso a isso? E quem não se toca que por trás daquelas palavras estranhas que ela canta tem uma história totalmente contrária ao sentimento da pessoa naquele momento? Por exemplo, na música Hotel Califórnia do Eagles, a letra conta uma história com uma cara de filme de terror. Porém, aqui no Brasil a música é colocada de fundo numa cena de beijo numa novela. Sua melodia deixa a entender aos leigos da língua inglesa que a música é de fato romântica. O que não é.
Assim como tem muita gente que repudia essa lei, há também muita gente contra essas versões aportuguesadas de músicas estrangeiras. Eu, sobre a lei, também sou contra, penso ser desnecessária. Mas, sobre essas versões brasileiras das músicas, eu sou totalmente a favor - só para constatar que eu considero como versão aportuguesada aquela música que realmente traduz o sentimento e quase toda a letra da versão original. Não me venham com aqueles forrós e axé que pegam o ritmo e colocam qualquer letra em cima, esse tipo de versão eu também repudio.
O que eu acho demais nessas versões traduzidas é, por exemplo, a pessoa está ouvindo e cantando a música Tanto do Skank que é a versão da música I Want You do Bob Dylan, ao mesmo tempo em que ela canta Skank ela canta Bob Dylan. É o mesmo que eu ler um livro estrangeiro. Ele foi traduzido por alguém. E com isso a mensagem que o autor quer divulgar pode se espalhar pelo mundo inteiro pelo simples fato de ter sido traduzida. O que o Skank fez foi o papel de tradutor, e divulgou pelo Brasil inteiro a obra de Bob Dylan. Assim como essa música, temos também Era um garoto que como eu amava Os Beatles e Os Rolling Stones, lançada no Brasil pelos Os Incríveis e posteriormente regravadas pelos Engenheiros do Hawaii que é a versão da música C'era Un Ragazzo Che Come Me Amava I Beatles E I Rolling Stones do cantor italiano Gianni Morandi. Além de Minha Vida da Rita Lee, Não Chores Mais do Gilberto Gil e tantas outras versões. Zé Ramalho chegou a gravar um disco inteiro só com versões brasileiras de músicas de Bob Dylan em “Zé Ramalho canta Bob Dylan”.
Nessa levada, eu me empolguei em fazer minhas versões de algumas músicas que eu gosto. Vou postar aqui um vídeo meu cantando a minha versão de Hurt, letra de Trent Reznor do Nine Inch Nails, mas que chegou aos meus ouvidos na inconfundível voz de Johnny Cash, no qual postarei o seu clipe, vencedor do Grammy como Melhor Videoclipe, em 2004. A letra original pode ser encarada e entendida de diversas maneiras. Eu fiz a minha releitura. Espero que gostem.



Confiram o clipe de Hurt também. Imperdível!

terça-feira, 12 de abril de 2011

Causos Tricolores (Parte 2)

Lá vamos nós para mais um causo envolvendo o glorioso Tigrão! Era no ano de 2002. Início daquele ano. Em pleno verão, na Praia da Rincão. O Criciúma estava disputando a Copa Sul-Minas e na 7ª rodada enfrentaria o Atlético Paranaense em casa.
Enquanto isso, no Rincão, mais especificamente na Rua 53, o pessoal tentava convencer o vizinho Paraná a apostar um barril de chopp nesse embate entre as duas equipes. Toda festa e churrasco que havia na rua o canto que mais ecoava era "Um barril de chopp o Paraná vai pagar! Hei! Hei! Hei!". E nessa insistência, o glorioso Paraná aceitou a aposta.
Eis que chegou o dia do esperado jogo. 16 de fevereio de 2002, às 16h. O sol brilhava, um dia perfeito para ficar na praia. Mas naquele calor o que faltava era o chopp, e foi atrás disso que os guerreiros da Rua 53 levantaram acampamento e com suas camisas nas mãos foram até o majestoso incentivar o Tigrão. Enquanto que naquela mesma rua, o Paraná jogava sua canastra e tomava seu chimarrão, totalmente despreocupado com o jogo. Essa despreocupação se devia principalmente pelo fato do Atlético ser o então detentor do título brasileiro, com Kleberson e Kleber Pereira voando. Mas mal sabia ele que do outro lado o Tigre tinha o faro de gol de Lobão. "Anderson Lobão! É o número 9 brilhando na camisa tricolor, tricolão, tricolasso!", narraria Mario Lima depois dos dois gols da fera. Placar final 2x1 pro Tigre e chopp garantido!

Garantido?!

Aí que começa a história principal, naquele verão a aposta não foi paga. O chopp ficou somente para o próximo ano. 
Então lá vamos nós agora para o verão de 2003. Só alegria! Tigrão retornando a série A, com o título da B! Mês de Janeiro, mês em que eu faço aniversário, eis que surge a ideia de se fazer uma festa, com o pagamento do chopp, um churrasquinho e nada mais justo que convidar a pessoa que teve grande parcela de responsabilidade naquilo que estava acontecendo: Anderson Lobão. Já tínhamos até combinado de fazer uma partidinha de futebol depois. Eu, meu pai e o Lobão contra o resto da rua.
Enfim, chegado o esperado dia da festa. Eu, já um tanto ansioso pelo fato de um jogador do Tigre estar vindo na minha festa de aniversário, fui pego de surpresa quando vi chegando na minha casa todos os jogadores do Tigre. Imaginem uma criança feliz?! Esse era eu! Paulo Baier, Dejair, Cleber Gaucho, Paulo Cesar, Delmer, Cametá e tantos outros. Só fera! Aí os meus amigos diziam "Então tá fechado o time? Tu, teu pai e o Lobão contra nós?!". Aí era sacanagem hehe. Aquela festa correu a noite, os jogadores com a família, o saudoso Pastel assando o churrasco e perguntando para o zagueiro Luciano, que carregava um monte de carne, se aquilo tudo era para o mês inteiro, além do pagodinho entre os jogadores e com certeza o chopp. Estava paga a dívida.
Dia memorável pra quem vivenciou aquilo, a confraternização entre nós, torcedores apaixonados pelo tigre, junto com aqueles que nos fizeram mais felizes com o título brasileiro. 
Só uma coisa ficou mal contada e até hoje se atribui a culpa à festa. No fim de semana seguinte o Tigre enfrentou o Tubarão fora de casa e acabou perdendo por 4x2. Até hoje ninguém naquela rua se esquece dos nomes de Marcelo Fumaça e Rodrigo Gasolina que infernizaram naquele jogo. Mas isso é só um detalhe que é legal de deixar registrado, porque, querendo ou não, vira história.

Esse causo eu escrevo em homenagem ao meu pai que realizou o sonho de um filho e principalmente ao eterno Plínio Serafim, torcedor apaixonado pelo tigre e grande amigo, responsável direto pelo contato com os jogadores naquela ocasião, mas que já não está mais entre nós.

Segue abaixo algumas fotos daquele dia:

Aí a surpresa da chegada dos jogadores do Tigre

Destaque pro Paraná de camisa branca, em pé, no lado esquerdo. "Um barril de chopp, o Paraná vai pagar!"

Aí o Duka e o nosso capitão!


A gurizada aí: Guilherme, eu, Marcos, Anderson, Alessandro, Westrup, Marinho, Marcelo, Thiago e Nike.

Plínio e o pai! Esses sim são feras!


Em pé: Paulo Baier, Dejair (escondido), Luciano Amaral, Alexandre, Cleber Gaucho, Saulo, Delmer e Etto
No meio: Luciano e o grande Anderson Lobão
Agachados: Eu, Paulo Cesar, Dudu e Cametá

Até a próxima!

sábado, 26 de março de 2011

Causos Tricolores

Que eu tenho o Criciúma EC como uma das minhas paixões é evidente pra quem me conhece, mas esse amor surgiu desde pequeno devido a influência do meu pai, outro apaixonado pelo Tigre. E, juntos, já passamos por vários casos curiosos e engraçados envolvendo esse time.
Mas nesse meu primeiro texto vamos voltar mais de 20 anos. Eu não estava nem planejado pra nascer, mas pelo fato de eu ouvir inúmeras vezes essa história contada e vivida pelo meu pai, eu me sinto na segurança de contar o ocorrido.

Foi no ano de 1989, o Criciúma havia conquistado o Campeonato Catarinense , e depois do jogo, os jogadores e um grupo de torcedores (entre eles estava meu pai) foram comemorar o título no antigo restaurante Tigrão (atual Coliseum). A taça João Hansen Junior foi levada junto nessa comemoração. Depois de algumas horas de festa e cerveja, meu pai (Magrão) e mais dois amigos (Nereu e Fabrício) olharam para a taça, a taça olhou pra eles e num momento oportuno a taça já não estava mais na festa. Pois então, saíram os três com a taça pela cidade com o principal objetivo: levar o troféu até as pessoas que não puderam ir ao jogo. Eram três jovens pela madrugada, batendo fotos com o guarda da prefeitura, porteiros de prédios, atendentes de farmácias que se encontravam abertas e a festa continuou em outros restaurantes e bares.
Enfim, no outro dia a taça retornou ao seu devido lugar, na galeria de troféus do Tigre, com uma diferença, voltou um pouquinho torta. Ficou até mais charmosa, eu diria. hehe
Bom, eu acho legal essa história porque mostra também uma cultura diferente de que se tinha na época. Jogadores e torcedores juntos, uma identificação bem maior com o clube. E no fim essa brincadeira não passou de uma brincadeira. Se fosse nos dias de hoje talvez a brincadeira tivesse uma repercussão negativa, até porque o politicamente correto é moda e o mundo está cada vez mais chato.

Segue abaixo a matéria divulgada pelo então jornalista do JM, David Coimbra:
Incólume, David? Quase né... hehe

Abaixo mais imagens (tão meio ruins por serem fotos tiradas de fotos):

Na Drogaria Catarinense, com os plantonistas

Com as personalidades do Bar do Panterão

Foto com o guarda da Mina Modelo

Com o guarda do Criciúma Clube

E até acordando a Vó Genir pra festa

Por enquanto é isso. Mas aguardem, porque causos é o que não falta.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Japão, EUA, Energia Nuclear... O que isso te faz lembrar?

"Japão pede ajuda aos EUA para controlar usinas nucleares". Essa era o título de uma reportagem tirada do portal G1. Santa ironia né?! Claro que muito tempo já se passou desde o fim da segunda guerra com o Japão totalmente destruído pelas bombas atômicas lançadas pelos norte-americanos. As relações são outras, o mundo vive outra época. Mas que é irônico, é!
Agora, nada irônico são as imagens da destruição no país nipônico. São cenas que chocam. E mais uma vez os japoneses terão de se reerguer numa situação parecida com a de um pós-guerra. Segundo agência da ONU, o caso nas usinas nucleares não será de uma "nova Chernobyl", com grandes chances de não haver vazamentos consideráveis de radiação. Vamos torcer!

Hiroshima, após a bomba atômicaJapão pós-tsunami                               

sexta-feira, 11 de março de 2011

- Pô Guga, posta algo aí!

- Bá, mas o que que tu queres saber?

- Ah, teve tanta coisa acontecendo nesse teus meses de inércia. Pensei que tu seria o primeiro a falar sobre as revoltas no mundo árabe, a vitória da democracia e tal.

- Eu não sei, cara. Tenho um certo receio de falar sobre essas coisas devido as tantas dúvidas que cercam esses conflitos. Se nós formos ver no Egito, por exemplo, o presidente deposto Mubarak, era do Partido DEMOCRÁTICO Nacional que havia derrubado a monarquia e transformado Egito em república, mas agora ele sai com claras acusações de autoritarismo, e seus 30 anos de governo se caracteriza facilmente numa ditadura.

- Então, cara! Que bom que tiraram esse Mubarak de lá!

- Bom sim, ótimo! Porém é necessário fiscalizar quem vai entrar. É muito fácil alguém entrar com o mesmo papo do Mubarak há 30 anos e gostar do osso, e ficar mais 30. A realidade ainda é muito turva. Só o tempo faz a história ficar mais clara. Sabe, na Tunísia foi a mesma coisa, o tal de Ben Ali chegou como salvador da pátria, com o país saindo de uma ditadura. Mas o tempo foi passando, e ele demonstrou ser tão ditador quanto o seu antecessor, perseguindo oposição e tendo graves acusações de violação dos direitos humanos.

- E como evitar esse tipo de coisa?

- Como saberei? É meio que instintivo do homem não querer largar o poder. Na verdade, quem sabe, os presidentes que hoje estão perdendo seus cargos foram depostos por não estarem mais agradando forças maiores. Quem será que financiou durante tanto tempo esses governos? Porque nunca houve uma intervenção internacional nessas claras ditaduras? Quem vai assumir esses países daqui pra frente? Alguém do interesse do povo ou alguém do interesse internacional? Por isso que eu não queria falar muito sobre esse assunto. É muita informação e pouca clareza dos fatos.

- Agora já falasse, né.

- Então, pra tua alegria, eu posto ai!